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Criada com inspiração em líderes como Martin Luther King Jr. e Gandhi, a comunicação não violenta é uma forma de estabelecer conexões através da empatia e da compaixão.
Na década de 1960, o psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg sistematizou a abordagem da comunicação não violenta observando a resistência não violenta a cenários de violência.
Nascido em 1934 e de origem judaica, Marshall sempre teve interesse em como ter uma postura defensiva sem ser violento, o que culminou na criação da comunicação não violenta.
O psicólogo sempre quis criar uma cultura de paz . Por isso, construiu essa ferramenta que é utilizada em ONGs, mediação de conflitos, escolas e no mundo corporativo.
Neste artigo, vamos conversar sobre o que é a comunicação não violenta, no que ela se baseia e como você pode dominá-la.
A comunicação não violenta é uma habilidade institucionalizada pelo psicólogo Marshall Rosenberg na década de 1960, nos EUA.
Ela abrange a comunicação verbal e não verbal e busca criar e fortalecer as conexões humanas através da empatia e da compaixão.
A comunicação não violenta, como apresentada pelo autor em seu livro , funciona de maneira que uma pessoa interaja com a outra de forma pensada.
Nesse sentido, não apenas respondendo e perguntando, mas realmente ouvindo o que o outro está dizendo, e falando de maneira respeitosa.
Um dos principais objetivos da comunicação não violenta é explicarmos como estamos nos sentindo para que o outro possa rever a maneira como fala conosco. E vice-versa.
Pode parecer que se comunicar de forma não violenta passa por ficar calado diante de ofensas e agressões, mas não é essa a intenção.
A habilidade se sustenta na ideia de transparência e honestidade, mas abomina a ofensa e a acusação.
Para que a comunicação não violenta fique mais tangível, vamos dar um exemplo com uma fala hipotética entre um casal:
"Nas últimas vezes que falamos sobre não deixar louça acumular na pia, vi que você se alterou e pareceu irritado. Falar sobre isso me deixa chateada porque eu estou cansada. Por isso, eu ficaria feliz se você lavasse o que usou."
Na conversa acima, a parceira está deixando claro seus motivos para que seu parceiro contribua para não deixar a louça acumular.
Perceba que ela expressou reconhecimento do sentimento do outro, mas também fez com que ele entendesse os sentimentos dela e suas necessidades. Além disso, ela finalizou com um pedido.
Na frase que apresentamos acima, você consegue perceber alguns elementos-chave, como o reconhecimento de sentimentos, um pedido, uma necessidade e uma expressão de sentimentos.
Esses elementos são o que formam a comunicação não violenta, são os 4 componentes determinados por Marshall Rosenberg.
A essência da comunicação não violenta está nesses 4 componentes.
Eles não são apenas utilizados para formar frases, mas são um modelo de raciocínio a se seguir para que a comunicação não violenta seja efetiva.
Veja quais são os quatro componentes e como eles funcionam:
O primeiro componente faz referência ao ato de ouvir. Você precisa, nesse caso, entender o contexto em que está inserido. Ou seja, como o outro está se sentindo. Tendo essa informação, você consegue fazer com que a mensagem seja entendida com mais facilidade e com menor rejeição.
Outro componente essencial é o sentimento, que aqui se manifesta como uma expressão daquilo que você sente ao falar. É preciso ter autoconhecimento e fazer uma boa indagação para si próprio. Para ser efetivo, você precisa dizer o que realmente sente, não o que acha que sente.
O terceiro elemento é algo que você precisa demonstrar, uma necessidade ligada ao sentimento e que fará com que o seu ouvinte compreenda. Nesse caso, você também precisa trabalhar o autoconhecimento para entender do que necessita.
O último componente é o pedido, ou seja, a sua argumentação. É preciso entender que o pedido precisa estar alinhado com o que foi observado e expressado e que seja dito de maneira clara e positiva. É preciso tomar cuidado com a maneira com que você expressa esse pedido para que a outra pessoa não o entenda como uma exigência, isso apenas atrapalharia o processo.
À luz dessas explicações, que tal analisarmos novamente o exemplo dado acima para vermos como os componentes foram utilizados? Confira:
"Nas últimas vezes que falamos sobre não deixar louça acumular na pia, vi que você se alterou e pareceu irritado (observação). Falar sobre isso me deixa chateada (sentimento) porque eu estou cansada (necessidade). Por isso, eu ficaria feliz se você lavasse o que usou (pedido)."
Dentro de uma organização, a comunicação não violenta se transforma em uma ferramenta poderosa capaz de transformar a cultura.
Um dos maiores desafios do mercado de trabalho é manter diálogos abertos e promover relações de parcerias e, nisso, a comunicação não violenta pode ajudar.
Ela pode ajudar a mediar conflitos , melhorar o clima organizacional e, também, a abrir espaço para o diálogo.
Assim trazendo como resultado um aumento de produtividade e engajamento.
Agora que você entendeu o que é a comunicação não violenta e qual é a importância dela para o mercado de trabalho, vamos entender como praticá-la .
E o primeiro lugar em que precisamos aplicar a comunicação não violenta é dentro de nós mesmos.
É preciso estar disposto a rever a maneira como nos comunicamos e estarmos dispostos e nos sentir um pouco mais vulneráveis ao expressar nossos sentimentos.
O autoconhecimento é necessário para entender o que estamos sentindo, mas também para ter coragem de expressar esses sentimentos sem vergonha.
Além disso, também é preciso aprender a reconhecer sensações desconfortáveis e validá-las.
É comum que os sentimentos negativos sejam sempre vistos como maus, mas eles podem estar acusando outros desconfortos que podem ser resolvidos no diálogo.
Por isso, procure entender o que está sentindo e por que está sentindo. Dessa forma, é mais fácil encontrar, e resolver, a fonte desse sentimento.
Uma dica importante também é separar qualquer pré-julgamento da realidade.
Quando julgamos algo ou alguém, nós colocamos nossos preceitos em cima dessa situação ou pessoa, podendo transformar completamente a realidade.
Nesse cenário, nós tomamos decisões precipitadas que podem dificultar a nossa percepção e empatia .
Então, procure sempre observar a realidade através dos fatos.
Usar este princípio não é uma tarefa fácil porque depende de boa vontade, disposição e de autoconhecimento.
Porém, é uma maneira efetiva de melhorar as relações que desenvolvemos no dia a dia e de melhorar a si próprio.
A comunicação não violenta é um exercício diário de aprendizado de si e dos outros.
Por Mariana Moraes
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